Resumo O presente estudo teve como objetivo medir a carga de mortalidade causada por morte prematura por abuso de substâncias em diferentes regiões do Irã de 2014-17. Neste estudo transversal serial, os dados relacionados aos indivíduos que morreram por abuso de drogas foram coletados primeiramente em duas fontes (Ministério da Saúde e Educação Médica do Irã e Organização de Medicina Legal do Irã). Em seguida, usando o método de captura-recaptura, estimou-se o número de mortes relacionadas a drogas. Os anos de vida perdidos (AVP) para todas as províncias do Irã foram calculados com base na idade, sexo e ano. Durante quatro anos, o número total de óbitos foi de 12029. A média de idade dos indivíduos foi de 37,3±14,1. A média de idade dos mortos foi constante em mulheres e homens ao longo desse período; entretanto, a média de idade das mulheres mortas por abuso de substâncias foi menor do que a dos homens. O AVP médio por pessoa morta foi de 70131,3329 anos para homens e 9321,1125 anos para mulheres. Os anos potenciais de vida perdidos (APVP) apresentaram tendência ascendente, sendo mais forte nas mulheres do que nos homens. É necessário realizar mais análises regionais para encontrar diferenças no número de AVP devido ao abuso de substâncias.

Abstract The present study aimed to measure the mortality burden caused by premature death due to substance abuse in different geographical regions of Iran from 2014-17. In this serial cross-sectional study, the data related to individuals who had died of drug abuse were first collected from two sources (Iranian Ministry of Health and Medical Education and the Iranian Legal Medicine Organization). Then, using the capture-recapture method, the number of drug-related deaths was estimated. The years of life lost (YLLs) for all provinces of Iran was calculated based on age, sex, and year. During these four years, the total number of deaths was 12029. The mean age of the individuals was 37.3±14.1. The mean age of dead people was constant in women and men over this period; however, the mean age of dead women due to substance abuse was lower than that of men. The mean YLLs per dead person was 70131.3329 years for men and 9321.1125 years for women. The potential years of life lost (YLLs) showed an upward trend, which was stronger in women than men. It is necessary to perform more regional overviews for finding differences in the number of YLLs due to substance abuse so that specific regional policies can be adopted.

Resumo O presente estudo teve como objetivo medir a carga de mortalidade causada por morte prematura por abuso de substâncias em diferentes regiões do Irã de 2014-17. Neste estudo transversal serial, os dados relacionados aos indivíduos que morreram por abuso de drogas foram coletados primeiramente em duas fontes (Ministério da Saúde e Educação Médica do Irã e Organização de Medicina Legal do Irã). Em seguida, usando o método de captura-recaptura, estimou-se o número de mortes relacionadas a drogas. Os anos de vida perdidos (AVP) para todas as províncias do Irã foram calculados com base na idade, sexo e ano. Durante quatro anos, o número total de óbitos foi de 12029. A média de idade dos indivíduos foi de 37,3±14,1. A média de idade dos mortos foi constante em mulheres e homens ao longo desse período; entretanto, a média de idade das mulheres mortas por abuso de substâncias foi menor do que a dos homens. O AVP médio por pessoa morta foi de 70131,3329 anos para homens e 9321,1125 anos para mulheres. Os anos potenciais de vida perdidos (APVP) apresentaram tendência ascendente, sendo mais forte nas mulheres do que nos homens. É necessário realizar mais análises regionais para encontrar diferenças no número de AVP devido ao abuso de substâncias.

Abstract The present study aimed to measure the mortality burden caused by premature death due to substance abuse in different geographical regions of Iran from 2014-17. In this serial cross-sectional study, the data related to individuals who had died of drug abuse were first collected from two sources (Iranian Ministry of Health and Medical Education and the Iranian Legal Medicine Organization). Then, using the capture-recapture method, the number of drug-related deaths was estimated. The years of life lost (YLLs) for all provinces of Iran was calculated based on age, sex, and year. During these four years, the total number of deaths was 12029. The mean age of the individuals was 37.3±14.1. The mean age of dead people was constant in women and men over this period; however, the mean age of dead women due to substance abuse was lower than that of men. The mean YLLs per dead person was 70131.3329 years for men and 9321.1125 years for women. The potential years of life lost (YLLs) showed an upward trend, which was stronger in women than men. It is necessary to perform more regional overviews for finding differences in the number of YLLs due to substance abuse so that specific regional policies can be adopted.

OBJECTIVE: To assess the extent and pattern of misclassification of death from non-specific diagnoses emanating from the Iranian death registration system, and to correct the data for health policy and planning. METHODS: Detailed medical records for 1426 hospital deaths classified to seven ill-defined or vague causes of death were reviewed by trained physicians, who then completed standard death certificates. Underlying causes of death from the review were compared with the cause assigned in registration data. FINDINGS: The probable underlying pattern of causes of death in the Islamic Republic of Iran is substantially different to that suggested by the death registration system. About 88% of 582 cases with non-specific diagnoses at ages 15-69 years were reassigned to various specific causes including ischaemic heart disease (33%), stroke (13%) and injuries (10%). A similar pattern of misclassification is apparent for 738 deaths at older ages (70 years and over), with 46% being reassigned to ischaemic heart disease and stroke. CONCLUSION: A significant proportion of deaths in the Iranian death registration system are being classified to cause groups of little relevance to epidemiological research or health policy. Reassignment of these deaths would increase the proportion of deaths from ischaemic heart disease and cerebrovascular diseases each by 32%, diabetes mellitus by 68% and chronic lower respiratory diseases by 73%. Substantial changes to procedures for diagnosing causes of death are urgently required if registration data are to effectively guide health policies and programmes in the Islamic Republic of Iran.

OBJETIVO: Determinar la magnitud y el tipo de errores de clasificación de las defunciones por causas no especificadas en los registros de mortalidad en Irán, y corregir los datos con miras a la política y planificación sanitarias. MÉTODOS: Las historias clínicas detalladas correspondientes a 1426 muertes hospitalarias atribuidas a siete causas mal definidas o vagas de defunción fueron examinadas por médicos bien preparados al efecto, que procedieron a continuación a cumplimentar los certificados de defunción ordinarios. Las causas de defunción deducidas a partir del examen realizado se compararon con las causas asignadas en los registros. RESULTADOS: La distribución probable de las causas de defunción en la República Islámica del Irán difiere sustancialmente de la que se desprende de los registros de mortalidad. Alrededor de un 88% de los 582 casos con diagnóstico inespecífico a edades de entre 15 y 69 años se reasignaron a diversas causas específicas, entre ellas cardiopatía isquémica (33%), accidente cerebrovascular (13%) y traumatismos (10%). Se observó una pauta similar de errores de clasificación al analizar 738 defunciones de personas de edad más avanzada (³ 70 años), el 46% de las cuales se reasignaron a cardiopatía isquémica y accidente cerebrovascular. CONCLUSIÓN: Un porcentaje importante de las defunciones reflejadas en los registros de mortalidad de Irán se clasifican de manera que dan lugar a grupos de escaso interés para las investigaciones epidemiológicas o las políticas sanitarias. La reasignación de esas muertes aumentaría el porcentaje de defunciones por cardiopatía isquémica y por enfermedades cerebrovasculares, un 32% en cada caso; por diabetes mellitus, un 68%; y por enfermedades crónicas de las vías respiratorias inferiores, un 73%. Es preciso introducir cambios sustanciales en los procedimientos de diagnóstico de las causas de defunción para poder orientar eficazmente las políticas y los programas de salud en la República Islámica del Irán.

OBJECTIF: Evaluer l'ampleur et la structure des erreurs de classification des décès résultant de diagnostics non spécifiques dans le système d'enregistrement des décès iranien et corriger les données en vue de la planification et de l'élaboration de politiques dans le domaine sanitaire. MÉTHODES: Les dossiers médicaux détaillés de 1426 décès hospitaliers, attribués à sept causes mal définies ou vagues de décès, ont été examinés par des médecins expérimentés, qui ont ensuite rempli des certificats de décès standards. Les causes sous-jacentes de la mort d'après cet examen ont été comparées aux causes enregistrées dans le système. RÉSULTATS: Il est probable que la structure des causes sous-jacentes de décès en République islamique d'Iran diffère substantiellement de celle suggérée par le système d'enregistrement des décès. Environ 88 % des 582 cas de diagnostic non spécifique, dont l'âge se situait entre 15 et 69 ans, ont été réaffectés à diverses causes spécifiques, dont les cardiopathies ischémiques (33 %), les accidents vasculaires cérébraux (13 %) et les traumatismes (10 %). Une structure similaire des erreurs de classification se dégage de l'examen de 738 décès à des âges plus avancés (70 ans et plus), parmi lesquels 46 % ont été réaffectés dans les catégories cardiopathies ischémiques et AVC. CONCLUSION: Une proportion importante des décès recensés dans le système iranien d'enregistrement est classée dans des groupes de causes peu pertinents pour la recherche épidémiologique ou pour l'élaboration de politiques sanitaires. La réaffectation de ces décès augmenterait les proportions de décès par cardiopathie ischémique et par maladie cérébrovasculaire l'une et l'autre de 32 %, celle des décès par diabète de 68 % et celle des décès par maladies respiratoires chroniques des voies inférieures de 73 %. Il est urgent d'apporter des modifications substantielles aux procédures de diagnostic des causes de décès si l'on veut que les données d'enregistrement puissent guider de manière efficace les politiques et les programmes sanitaires de la République islamique d'Iran.

OBJECTIVE: Reliable information on the pattern, level and trend of mortality is essential for evidence-based policy to improve health. Various sources of mortality data in the Islamic Republic of Iran have not been critically assessed. This paper aims to document and evaluate the completeness of the different data sources on mortality and to estimate the level and trends of mortality over the past 40 years according to various mortality indices such as child mortality, adult mortality and life expectancy. METHODS: We undertook a systematic review of all available studies on infant mortality from 1964 to 2004 and estimated the most probable trend in child mortality. Death registration data from between 1992 and 2004 were assessed for completeness to estimate the level of adult mortality. Life tables for 2004 were constructed for the Islamic Republic of Iran based on these data, corrected for underregistration of death. FINDINGS: Infant mortality decreased from an estimated 154 deaths per 1000 live births in 1964 to 26 in 2004. The risk of adult mortality in 2004 was estimated to be 0.124 and 0.175 for females and males respectively. According to adjusted death registration data, life expectancy at birth in 2004 was 71.2 for females and 68.7 for males. The average completeness of death registration for ages 5 years and older across all systems was 76% for the period 2001-2004. CONCLUSION: There has been a general decline in child mortality in the Islamic Republic of Iran over the past three decades. Adult mortality levels also have declined, but less substantially. Mortality information systems have improved, yet serious concerns remain regarding the completeness and quality of data.

OBJETIVO: La disponibilidad de información fidedigna sobre las pautas, niveles y tendencias de la mortalidad es fundamental para poder formular políticas de mejora de la salud basadas en la evidencia. Algunas de las fuentes de datos sobre la mortalidad en la República Islámica del Irán no han sido objeto de una evaluación crítica. Este artículo tiene por objeto documentar y evaluar la completud de las diferentes fuentes de datos sobre la mortalidad y estimar el nivel y las tendencias de la mortalidad durante los últimos 40 años a partir de diversos índices, como la mortalidad en la niñez, la mortalidad de adultos y la esperanza de vida. MÉTODOS: Emprendimos una revisión sistemática de todos los estudios disponibles sobre la mortalidad infantil entre 1964 y 2004 y estimamos la tendencia más probable de la mortalidad en la niñez. Los datos de los registros de defunción correspondientes al periodo 1992-2004 fueron evaluados para determinar su completud a fin de estimar la mortalidad de adultos. A partir de esos datos se confeccionaron las tablas de vida de 2004 para la República Islámica del Irán, corrigiendo los valores en función del subregistro de las defunciones. RESULTADOS: La mortalidad infantil disminuyó de las 154 defunciones por 1000 nacidos vivos estimadas en 1964 a 26 en 2004. El riesgo de mortalidad de adultos en 2004 fue de 0,124 para las mujeres y 0,175 para los hombres. Según los datos ajustados de los registros de defunción, la esperanza de vida al nacer en 2004 fue de 71,2 años para las mujeres y 68,7 para los hombres. El grado medio de completud de los registros de defunción para las personas de 5 y más años en todos los sistemas fue del 76% durante el periodo 2001-2004. CONCLUSIÓN: Durante los tres últimos decenios se ha registrado una disminución general de la mortalidad en la niñez en la República Islámica del Irán. La mortalidad de adultos también ha descendido, pero de forma menos marcada. Los sistemas de información sobre la mortalidad han mejorado, pero el tema de la completud y calidad de los datos sigue suscitando gran preocupación.

OBJECTIF: Des informations fiables sur les caractéristiques, le niveau et les tendances de la mortalité sont essentielles à une politique d'amélioration de la santé reposant sur des bases factuelles. On n'a pas évalué d'une manière critique les diverses sources de données sur la mortalité en République Islamique d'Iran. Nous souhaitons dans cet article documenter et évaluer l'exhaustivité des différentes sources de données sur la mortalité et estimer le niveau et les tendances de cette dernière au cours des 40 dernières années, grâce à plusieurs indices tels que la mortalité de l'enfant, la mortalité de l'adulte et l'espérance de vie. MÉTHODES: Nous avons procédé à une revue systématique des études disponibles sur la mortalité infantile de 1964 à 2004 et estimé la tendance la plus probable de la mortalité de l'enfant. Nous avons évalué le degré d'exhaustivité des données provenant de l'enregistrement des décès entre 1992 et 2004 pour estimer le niveau de la mortalité adulte. Nous avons établi les tables de survie pour la République islamique d'Iran pour 2004 sur la base de ces données, en les corrigeant pour tenir compte du sous-enregistrement des décès. RÉSULTATS: La mortalité infantile a diminué, passant de 154 décès pour 1000 naissances vivantes en 1964 à 26 en 2004 selon les estimations. Le risque de mortalité adulte en 2004 a été estimé à 0,124 pour les femmes et 0,175 pour les hommes. Selon les données ajustées provenant de l'enregistrement des décès, l'espérance de vie à la naissance en 2004 était de 71,2 ans pour les femmes et de 68,7 ans pour les hommes. Le degré d'exhaustivité de l'enregistrement des décès pour les personnes âgées de 5 ans et plus a été de 76% pour la période 2001 - 2004 pour l'ensemble des systèmes d'enregistrement. CONCLUSION: Il y a eu au cours des trois dernières décennies une baisse générale de la mortalité de l'enfant en République islamique d'Iran. La mortalité adulte a elle aussi diminué, mais moins fortement. Les systèmes d'information sur la mortalité se sont améliorés, mais il subsiste de sérieux problèmes quant à l'exhaustivité et à la qualité des données.